terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cyber wars (conteúdo roubado de outro blog!)

Não vou inventar nada desta vez. Este post me pareceu tão bom que me pareceu importante replicar e viralizar. Se ainda não falei sobre o assunto, ainda o vou fazer. Trata-se de falar da relação conflituosa entre a Internet, os produtores de conteúdo e a noção de direitos de autor (copyrights, só para mostrar que falo ingréis).

Fernando Zarur, dono do blog acima citado, é uma amigo de longa data (5 anos é longa data sim!), trabalha na Suiça - entre um chocolate quente e outros - para a WWF, e, no seu tempo livre, mantém esse blog especializado em comunicação digital.

Nesse artigo ele sublinha a necessidade de mudança de paradgma da industria de conteúdos - qualquer conteúdo - para poder sobreviver na idade digital. Subescrevo a tudo o que ele aí diz, em gênero, numero e grau.

Porém - sim, tem sempre um - um dia vou aqui vociferar o que penso, do ponto de vista de quem cria esse conteudo, invés de quem só ganha dinheiro nas costas dos outros.

Voilá!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A ficha limpa e as eleições


Eu entendo perfeitamente que as pessoas votem no Roriz ou no que ele representa, sejamos justos. Se eu fizesse parte das pessoas a quem ele “deu” casa, terreno, seja lá o que mais, também votaria nele. É demagogia pensar de outra forma. O que é importante divulgar e combater é a corrupção que permitiu tais ações. Simples assim.


Não posso deixar de comentar o que aconteceu na política Brasileira, no que diz respeito ao voto da ficha limpa. Foi/está sendo um momento que me lembra os piores da política européia. Podemos fazer muito melhor que isso.

No dia da votação acompanhei um processo surreal. E, durante todo o processo é difícil não ver o passo a passo da manipulação da corrupção para que a lei não se aplique a esta eleição:

  • Primeiro: embora todo o mundo concorde que o Roriz – e outros na mesma situação de “ficha suja” – não deveria poder se candidatar ao Governo Federal, ele e os outros serão protegidos por uma tecnicalidade do ar do artigo 16 da constituição: “a Lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. Ou seja, é como se a legislação, feita para proteger a democracia, a transparência e a justiça, fosse vítima dela mesma. Difícil de compreender, sobretudo quando todos concordam que a lei da ficha limpa vai ser positiva para o Brasil.

  • Segundo: numa democracia prevalece o sistema de “um homem, um voto”, certo? Não foi o caso aqui. Num tema tão sensível, um homem teve o poder de decidir do resultado votando duas vezes. No mínimo estranho num estado democrático.

  • Terceiro: pelo que percebi – e como explicou um professor de direito que passou na televisão ontem à noite – o assunto chegou a esta última instância, o Superior Tribunal Federal (STF) porque o candidato Joaquim Roriz recorreu da decisão da instância anterior, o Superior Tribunal Eleitoral (STE). Então, se o STF não decide – como é o caso neste empate técnico – deveria prevalecer a decisão da instância anterior, não é?
A possibilidade de reeleição do Joaquim Roriz me levou a um evento que aconteceu em Portugal nesta década. Fátima Felgueiras, prefeita de uma grande cidade portuguesa, foi acusada de todos os tipos de crimes que um político pode ser acusado. Antes de ver o mandato cassado, abandonou o cargo e fugiu do país – coincidentemente para o Brasil. Ficou foragida da justiça durante um tempo, até as eleições seguintes, momento em que voltou e ganhou de novo o mesmo cargo.
Como se não fosse suficiente, numa jogada de um genial maquiavelismo – maquiavelismo não é necessariamente mau, o candidato Roriz abandonou a corrida e lançou a esposa no lugar dele, já que os outros membros da família dele também têm a ficha suja, assumindo publicamente que na prática será ele na gestão. Ficou claro que nem todos os casos de figura estão previstos pela lei
Mais uma vez vejo a importância da educação como ferramenta principal para a evolução da sociedade. Sem educação as massas ficarão sempre à mercê dos profetas e demagogos. Não se trata de conseguir convencer as pessoas a pensar como eu mas sim de dar a todos as ferramentas para separar o joio do trigo, e deixar as pessoas a escolha do caminho, com liberdade e consciência. A solução é e sempre foi à educação. Desconfiem e fujam como da peste de todos os candidatos que não pensam assim.

Depois de escrever este texto, nos meus passeios internético vi que o Oded Grajew - de quem já falei aqui - também esceveu sobre o assunto. Mais palavras para quê...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Música para um Mundo melhor?


Post rápido!

Conheçam a galera do Confronto Soundsystem!

Quem são? Eles se apresentam assim: O Confronto Soundsystem é um coletido de DJs e produtores de Brasília, blá, blá, blá, Ogro, El Roquer, O Rei Zula, Fisch blá, blá, blá, desde 2004, blá, blá, blá, festas na rua, blá, blá, blá, dancehall, ragga, dub, blá, blá, blá, bassline, booty, freestyle, grime, dubstep, e tudo mais que der vontade de tocar, blá, blá, blá...

O que fazem: Festas! Mas não é qualquer tipo de festas. Os estilos de música são essencialmente aqueles que eles listam ali em cima (já lhe pedi mais reggae roots mas ainda não aconteceu...ou eu é que ainda não vi :P).

A melhor parte da "diversão" é serem festas de rua, onde qualquer pessoa pode participar. Qualquer mesmo! Em Brasília já vi festas no CONIC, na saida do metrô do Setor Comercial Sul, em casas particulares etc. O público que aparece nas festa é do mais heterogêneo possivel. É impressionante. Já vi motards, rastas, soul-freaks, rockers, amantes de MPB, sertanejo, eletronica...

O moto principal não é o $ - pelo menos assim parece, e é diversão garantida! O pessoal sabe das festas pelo site ou outras redes sociasi como o Twitter, Vimeo ou ainda o Flickr. Vão lá ver como o povo se diverte!
Porquê falar disso aqui no "Para um Mundo melhor..."? Porque acredito no poder regenerador, refrescante, revolucionário, despertador, etc. da música. Quando ela é feita por pessoas de bom coração então, o efeito é avassalador...

It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing)

PAZ!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Truques para poupar dinheiro

Recebi um dia uma lista de dicas e truques para poupar dinheiro e fiquei fascinado como, inconscientemente já tinha colocado em pratica muitas das sugestões. Aqui vão 7 dicas que me lembro:

  1. Beleza: Um corte de cabelo ou penteado pode custar entre R$ 10 e R$ 50, dependendo dos lugares. Porque não aproveitar as escolas de beleza. Os alunos precisam de cobaias e você poupa uns tostões. O único inconveniente é a sessão ás vezes durar um pouco mais do que num salão, por conta da inexperiência. O liceu onde estudei tinha um curso profissionalizante de cabeleireiros que eu aproveitei muito. Até ficar careca. Literalmente.

  2. Vestuário: A última moda são as lojas que vendem direto da fábrica. Normalmente não são as ultimas coleções, mas a diferença de preço é gigantesca. Os “outlets” têm tendência a se multiplicar no mundo inteiro, como uma forma das grandes marcas se livrarem dos seus estoques antigos. Roupa de qualidade a preços baixos. Fiz e farei outra vez!

  3. Cinema: aqui temos 2 possibilidades. Muitos cinemas têm ingressos mais baratos num certo dia da semana, ou em certos horários. Aproveitem. A outra forma, para quem não pode ir ao cinema durante a semana às 15 horas, é usar as vantagens oferecidas por certos bancos. No meu caso, o meu cartão de credito me dá direito a meia entrada em um numero expressivo de salas de cinema. Há quase 2 anos que não pago entrada inteira no cinema. E é válido para outros tipo de lazer também, como teatro, zoológico, concertos etc, além de acumular milhas para viajar também ;)

  4. Eletricidade: eu sei, estas podem parecer básicas, mas valem sempre ser lembradas. Prefira a ducha ao banho de imersão (ainda poupa água), troque as suas lâmpadas por lâmpadas de baixo consumo, e use seus eletrodomésticos depois das 22h. Vai se surpreender com a diferença na conta.

  5. Comprar no atacado: se tiver como guardar/armazenar maior quantidade de coisas – é valido para comida, consumíveis, vestuário, etc – compre em quantidades maiores faça economia de escala. Eu tento ir uma vez por mês a um supermercado de atacado. Gasto o dobro do que gastaria em uma compra num supermercado varejista (uns R$ 400,00 invés de R$ 200,00). Em contrapartida, no supermercado varejista eu ia, em média 4 vezes por mês.

  6. Serviços do banco: o cheque especial é muito mais caro que certos empréstimos que o próprio banco pode fornecer. Eu usava o cheque especial até relativamente pouco tempo. Fui ao banco e pedi ajuda para sair da dívida, ou contrair dívidas mais baratas. Fale com o seu gerente, ele é pago – também – para isso. E se usa o cartão de credito, pague toda a dívida no final do mês. Assim você tem as vantagens do cartão de credito (milhas, pontos, prêmios etc) sem os inconvenientes (taxas de juro lá em cima...)

  7. Mobília: estou indo para o meu 3º apartamento em Brasília e desta vez eu jurei que não ia comprar nada que não precisasse, e quando tivesse que comprar, iria comprar usado. Freqüentei lojas de mobílias usada, li classificados, vasculhei leilões online, recebi emails de “garage sale”, e descobri maravilhas por pechinchas. Se eu tivesse comprado tudo o que comprei pelo preço do novo, teria gasto a bagatela de cerca de R$ 7.000,00. O total real foi de cerca de R$ 2.000,00 e muita coisa está em estado quase novo! Sem contar com o impacto no consumo consciente.
E vocês? Partilhem aqui comigo os vossos truques para poupar uns tostões. Tenho a certeza que isto se tornará um serviço público :)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sustentabilidade, relatórios e os riscos de greenwashing

Desde que comecei neste caminho da RSE e Sustentabilidade, tenho tido freqüentemente essa dúvida. Basta olhar ao nosso redor para ver que Sustentabilidade é a palavra do dia, não é? Ela é usada a torto e a direito, a publicidade das empresas mais diversas, de bancos a tabaqueiras (acreditem. Tabaco agora também é sustentável!). Se acreditássemos em tudo que por aí se diz, não teríamos muito com que nos preocupar, não é?

Pois eu preocupo-me com esse fenômeno de moda. Até que ponto as intenções são genuínas? Até que pontos as empresas querem realmente tentar mudar progressivamente a forma como são geridas, e, sobretudo, quais são os resultados que devem ser considerados para ser considerada uma “grande empresa” ou uma “empresa sustentável”? Como fugir do greenwashing (em português de gente, “tapar o sol com a peneira” ou “operação de cosmética”).

Em vários encontros dentro da rede de profissionais que trabalham com este tema, direta ou indiretamente, damo-nos conta do quanto as empresas têm progressivamente transformado os seus relatórios anuais em relatórios de sustentabilidade, integrando outros conceitos que não só os financeiros e mercadológicos. Ao mesmo tempo em que isso acontece, aparecem empresas de publicidade ou consultoria unicamente especializadas em assessorar as empresas a entregar um bom relatório de sustentabilidade anual. Ou seja, esses relatórios – sejam GRI, sejam baseados nos Indicadores Ethos, sejam iBase – tendem a se transformar em produto final, invés de serem meras ferramentas da mudança. E como produto final, eles criaram o seu próprio mercado, entre clientes – grandes empresas que não querem perder o bonde, fornecedores – essencialmente agências de publicidade que vão se especializando, consultorias – que, hipoteticamente ajudam as empresas a mudar sua cultura, e empresas de auditoria – que ganham assim mais um segmento de mercado.

Mas atenção. Não sou pessimista ao ponto de achar que os relatórios são inúteis, longe disso. Eu sei por fato que muitas empresas estão de fato a rever completamente a sua cadeia produtiva de forma a poder melhor avaliar os impactos – positivos e negativos – sobre todas as partes interessadas, e não unicamente clientes e consumidores. E também sei por experiência, que o simples fato de tentar fazer um relatório de sustentabilidade minimamente apresentável, ou de preencher os Indicadores Ethos de RSE, já provoca uma discussão interessante e difícil dentro das empresas. E a discussão é o primeiro passo para o questionamento, o que por sua vez provoca a mudança.

Neste artigo, apenas queria mostrar como me assusto com a direção tomada e questiono a efetividade do modelo. Mas também não encontrei nenhuma outra opção até agora. Só espero que a vinda da ISO26000 (ISO de RSE) não venha complicar mais as regras do jogo.