quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Copenhagen e o futuro do mundo...


Pois é. Não podia deixar passar o assunto não é? Parece que as coisas não vão mudar muito, infelizmente. A China não arredou pé, os Estados Unidos não trouxeram nada de novo para a mesa, a Índia continua a defender a sua necessidade de desenvolvimento, o Brasil continua pedindo um custeio justo da compensação, a França continua a tentar encabeçar um movimento contra o qual ela mesma lutou no passado, e o sistema financeiro mundial se esfrega as mãos com a perspectiva de movimentos financeiros das próximas décadas. Enfim. O mundo olhava para a COP15 com esperança e parece que afinal não vai ser aquele fim de ano que sonhávamos, não é?

12 anos depois de Kyoto ainda discutimos como implementar um protocolo que fixava a data limite de 2012. Que loucura! Lembra-me aquela musica da banda australiana Midnight Oil, lembram? Parte da letra dizia algo como “como podemos dançar quando a terra gira, como podemos dormir se as camas estão queimando”. Basicamente os países ricos definiram uma forma de comprar a consciência por mais uns anos, e até colocaram uma etiqueta de preço nela: 100 bilhões de dólares! Esse é o preço de poder continuar na mesmice, dos ricos continuarem a enriquecer e os pobres ficarem cada vez mais pobres – como se isso ainda fosse possível...

O que podemos fazer para tentar mudar alguma coisa? Se o mundo desenvolvido ainda pensa prioritariamente no dinheiro e no lucro, talvez essa a única forma de mexer com o sistema. Se o consumo consciente passar a incorporar esse quesito “não compro produtos de países que não assinaram o protocolo de Kyoto”, talvez surtisse algum efeito.

É, sou esperançoso...

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