segunda-feira, 14 de junho de 2010

Avaliação de equipe, porquê?

Esta semana fiz a avaliação da minha equipe. Na Gerência de Responsabilidade Social do Grupo PAR, trabalho com mais duas analistas de RSE. Nenhum de nós é especializado na área (quem o é?), mas por afinidade com o assunto acabamos por abraçar o desafio de mudar a cultura empresarial do Grupo onde trabalhamos.

Nas minhas pesquisas sobre como melhorar a gestão de pessoas li que um bom método/sistema é conseguir dar 1 hora de atenção/avaliação/conversa por trimestre, com cada membro de equipe. A nossa segunda conversa do ano aconteceu na sexta-feira passada (dia 11/06). Independentemente do teor da conversa, algumas coisas me pareceram interessantes. Vejam só:

  • Muito embora o lado burocrático da coisa seja sempre pesado – nem elas nem eu temos particularmente vontade de encarar esse momento – o resultado é bastante positivo. O que achávamos que ia ser uma eternidade acaba por passar depressa demais.

  • A avaliação ainda carrega uma carga negativa e, em alguns casos, ainda é assimilado a um possível despedimento.

  • Uma conversa informal tem um efeito motivador impressionante. Pena que a maioria dos “chefes” não vejam isso e se deixem ficar pelos “parabéns pelo trabalho este ano, gostei de trabalhar com você”, dado rapidamente no inicio da festa de fim de ano da empresa, entre 2 copos de whisky 12 anos.

  • É um momento que permite ter uma perspectiva sobre o feito e o a fazer. Muitas vezes, na famosa correria do dia a dia, não pontuamos as vitórias, não destacamos as conquistas profissionais. Dei-me conta que é um momento que permite fazer esse levantamento e melhorar a nossa autoestima.

  • Ainda é difícil acontecer a avaliação dos “chefes” pelos súbditos. A cultura da hierarquia ainda dificulta muito esse intercambio. (quase) nenhum empregado consegue criticar construtivamente o seu superior hierárquico olhos nos olhos.

  • Infelizmente, ainda não temos esta sistemática vinculada a um plano de carreira, evolução de responsabilidades e de salário, porque na maior parte das vezes a empresa não tem espaço para crescimento de todos os seus profissionais ao mesmo tempo.

  • Desta vez também conseguimos estabelecer a dinâmica da criação de pequeno plano de desenvolvimento pessoal e profissional para o trimestre seguinte. Isso ajuda muito a clarificar as forças e fraquezas, tanto individuais como da equipe, e a ter uma orientação clara quanto aos passos a tomar.

  • Curiosamente, os colegas que não são avaliados tão sistematicamente sentiram a necessidade de cobrar esse retorno dos seus devidos gerentes ;)
Por ultimo, a coisa mais importante de todas é que este momento, quando bem isolado da confusão do dia a dia, e plenamente dedicado ao profissional, é quase como uma sessão de terapia onde o profissional se sente genuinamente escutado. E isso é rico demais para a motivação e custa muito pouco!

Sem dúvida aconselho, repetirei, e espero conseguir convencer os demais gerentes a fazer o mesmo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário