Uma vez não é costume, vou escrever sobre um tema local, particular à cidade onde moro: Brasília!
Há umas semanas atrás eu fui convidado ao lançamento do movimento Brasiliense de Coração. Trata-se de uma organização da sociedade civil que tem por objetivo resgatar a auto-estima do brasiliense – seja ele de nascimento ou de adoção – pela cidade onde vive. Eu faço parte do segundo grupo – sou brasiliense adotivo – e embora só tenha chegado aqui em 2006, a minha relação com a cidade já vem de antes, graças sua à fama arquitetônica e política. No entanto, como eu falei no texto sobre o aniversário de 50 anos de Brasília, os últimos anos forma annus horribilis para quem vive aqui. Por ser o centro político do país a cidade já carrega por assimilação a carga negativa normalmente atribuída a esse universo. O escândalo da caixa de pandora do governo anterior veio dar uma martelada final no ego já machucado do brasiliense. Qualquer um de nós sabe o que é viajar para o resto do Brasil e ouvir piadas duvidosas sobre nós mesmo e a nossa cidade. Todo mundo lembra-se facilmente de associar a Brasília a corrupção, ladroagem, estelionato, desvios de fundos e outros atributos do mesmo campo semântico; mas poucos se lembram que esse pessoal “do mal” foi votado pelo país inteiro e que o Brasiliense pouco tem a ver com isso.
Assim surge o Brasiliense de Coração. Durante a cerimônia de lançamento eu não pude deixar de pensar na rede Nossa São Paulo ou ainda o movimento Nossa BH. O ponto comum dessas organizações é serem coordenadas por civis preocupados com o pouco poder ou participação que têm na gestão dessas cidades. Acho tudo isso muito honrável. Quantas vezes ouvi dizer “o governo deveria fazer isto, o governo deveria fazer aquilo” quando falávamos das coisas que corriam mal na gestão de uma cidade ou país? Pois é bom ver cidadãos conscientes se organizarem para tomar em mãos o que for possível tomar em mãos. É importante salientar que não se trata de se substituir ao poder publico. Muito pelo contrário. Trata-se de congregar esforços para que todas as partes interessadas possam trabalhar juntas pelo bem da cidade. Tenho a certeza que cada uma dessas organizações tem a premissa de se disponibilizar para contribuir com o poder local nas operações que impactam diretamente na melhoria do bem-estar dos cidadãos. Vou acompanhar de perto e aconselho a todos a verificar a existência de algo similar nsa suas cidades.
No caso de Brasília, durante a apresentação uma pessoa fez a única pergunta que eu queria fazer: como vai ser o envolvimento das cidades do entorno? Há uns dias saiu uma estatística aterradora que dizia que as cidades do Novo Gama e Luziânia têm os pires índices de criminalidade da América latina! Pois é. Brasília não é só o plano piloto. Vai ser um desafio gigantesco integrar essas cidades nos planos do Brasiliense de coração...
Há umas semanas atrás eu fui convidado ao lançamento do movimento Brasiliense de Coração. Trata-se de uma organização da sociedade civil que tem por objetivo resgatar a auto-estima do brasiliense – seja ele de nascimento ou de adoção – pela cidade onde vive. Eu faço parte do segundo grupo – sou brasiliense adotivo – e embora só tenha chegado aqui em 2006, a minha relação com a cidade já vem de antes, graças sua à fama arquitetônica e política. No entanto, como eu falei no texto sobre o aniversário de 50 anos de Brasília, os últimos anos forma annus horribilis para quem vive aqui. Por ser o centro político do país a cidade já carrega por assimilação a carga negativa normalmente atribuída a esse universo. O escândalo da caixa de pandora do governo anterior veio dar uma martelada final no ego já machucado do brasiliense. Qualquer um de nós sabe o que é viajar para o resto do Brasil e ouvir piadas duvidosas sobre nós mesmo e a nossa cidade. Todo mundo lembra-se facilmente de associar a Brasília a corrupção, ladroagem, estelionato, desvios de fundos e outros atributos do mesmo campo semântico; mas poucos se lembram que esse pessoal “do mal” foi votado pelo país inteiro e que o Brasiliense pouco tem a ver com isso.
Assim surge o Brasiliense de Coração. Durante a cerimônia de lançamento eu não pude deixar de pensar na rede Nossa São Paulo ou ainda o movimento Nossa BH. O ponto comum dessas organizações é serem coordenadas por civis preocupados com o pouco poder ou participação que têm na gestão dessas cidades. Acho tudo isso muito honrável. Quantas vezes ouvi dizer “o governo deveria fazer isto, o governo deveria fazer aquilo” quando falávamos das coisas que corriam mal na gestão de uma cidade ou país? Pois é bom ver cidadãos conscientes se organizarem para tomar em mãos o que for possível tomar em mãos. É importante salientar que não se trata de se substituir ao poder publico. Muito pelo contrário. Trata-se de congregar esforços para que todas as partes interessadas possam trabalhar juntas pelo bem da cidade. Tenho a certeza que cada uma dessas organizações tem a premissa de se disponibilizar para contribuir com o poder local nas operações que impactam diretamente na melhoria do bem-estar dos cidadãos. Vou acompanhar de perto e aconselho a todos a verificar a existência de algo similar nsa suas cidades.
No caso de Brasília, durante a apresentação uma pessoa fez a única pergunta que eu queria fazer: como vai ser o envolvimento das cidades do entorno? Há uns dias saiu uma estatística aterradora que dizia que as cidades do Novo Gama e Luziânia têm os pires índices de criminalidade da América latina! Pois é. Brasília não é só o plano piloto. Vai ser um desafio gigantesco integrar essas cidades nos planos do Brasiliense de coração...
Nenhum comentário:
Postar um comentário