Tanto em Portugal como no Brasil o consenso é que a educação pública é péssima. Hoje em Portugal o assunto até custou a maioria ao governo nas eleições legislativas. No Brasil o discurso parece ser idêntico. A maioria dos pais quase que não considera colocar os filhos em escolas públicas, com medo que isso represente um handicap para o futuro das crianças. Na palestra de abertura conferencia do Ethos 2009 o educador colombiano Bernardo Toro fez uma simples pergunta à platéia: quem tem o(s) filho(s) em escolas ou universidades públicas? Das cerca de 800 pessoas presentes, menos de 10 levantaram a mão. E eu não fui uma delas. Foi um choque de realidade edificante. A essa pergunta, Bernardo continuou com outra: como querem que a educação pública melhore se não somos usuários do sistema? Ou melhor, que direito temos nós de exigir isso dos governantes – que nós lá colocamos para nos servir – se os nossos filhos são alunos de escolas/universidades privadas, que na sua grande maioria são medíocres operações de marketing educativo (aliás, lembrem-me de falar disto em outra entrada deste blog, ok?). É uma hipocrisia gigantesca da nossa parte, e incluo-me no grupo dos hipócritas.
Para mim foi mais um daqueles momentos que definem um caminho, uma escolha, um posicionamento. No dia seguinte conversei com a minha cara metade, sobre a possibilidade de trocarmos a escola do baixinho. Coincidentemente ela também achou boa idéia, mas aproveitou para me lembrar que isso quer dizer que teríamos que estar muito mais envolvidos na educação dele, desafio que encaramos na boa. Recolhemos opinião de familiares e amigos, surpreendentemente positivas no cômputo geral, e desde então estamos à procura da melhor opção. Pode ser que em Brasília essa decisão seja mais fácil do que em outros lugares por talvez existirem ainda boas escolas publica na cidade. O estranho é que mesmo assim a maioria dos pais preferem o privado. E mesmo no grupo de pessoas informadas que entendem importância da decisão, algumas me disseram quem íamos “jogar com o futuro dos outros”. Vai ser uma caminhada longa.
O ultimo ponto que queria tocar sobre o mesmo assunto, é um projeto lei que supostamente obrigaria os representantes eleitos a colocar os filhos no sistema educacional público e a usar também o sistema de saúde público. Infelizmente não encontrei nenhuma informação. Não deixa de ser um assunto importante de ser discutido pela sociedade civil. Eu sou 100% a favor dessa lei. É simplesmente uma questão de coerência!
Para mim foi mais um daqueles momentos que definem um caminho, uma escolha, um posicionamento. No dia seguinte conversei com a minha cara metade, sobre a possibilidade de trocarmos a escola do baixinho. Coincidentemente ela também achou boa idéia, mas aproveitou para me lembrar que isso quer dizer que teríamos que estar muito mais envolvidos na educação dele, desafio que encaramos na boa. Recolhemos opinião de familiares e amigos, surpreendentemente positivas no cômputo geral, e desde então estamos à procura da melhor opção. Pode ser que em Brasília essa decisão seja mais fácil do que em outros lugares por talvez existirem ainda boas escolas publica na cidade. O estranho é que mesmo assim a maioria dos pais preferem o privado. E mesmo no grupo de pessoas informadas que entendem importância da decisão, algumas me disseram quem íamos “jogar com o futuro dos outros”. Vai ser uma caminhada longa.
O ultimo ponto que queria tocar sobre o mesmo assunto, é um projeto lei que supostamente obrigaria os representantes eleitos a colocar os filhos no sistema educacional público e a usar também o sistema de saúde público. Infelizmente não encontrei nenhuma informação. Não deixa de ser um assunto importante de ser discutido pela sociedade civil. Eu sou 100% a favor dessa lei. É simplesmente uma questão de coerência!