Há uns anos atrás saiu um filme que se chamava “Pay it forward” e que foi traduzido no Brasil por “A Corrente do Bem”, acho. O conceito/mensagem do filme era simples e facilmente replicável: o personagem principal do filme, uma criança, preconizava que para que o mundo ficasse melhor bastava que a cada boa ação que nós recebêssemos de uma pessoa desconhecida, pagássemos com 3 boas ações para 3 pessoas desconhecidas distintas. O fator “desconhecido” é importante pois partimos da premissa que para os conhecidos já fazemos boas ações. Com isso seria criada uma onda exponencial de sentimentos positivos que a prazo tomaria conta do mundo e faria do planeta azul (o 3º shopping a partir do sol) um lugar paradisíaco para viver. Conceito fantástico, mas de difícil aplicabilidade (ou não, talvez eu seja pessimista) por incluir o “outro” na equação. Ainda por cima um “outro” que desconhecemos (que redundante...). E sabemos o quanto é difícil lidar com os outros, não é? Sarte já dizia que “o inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência.
...ou sou inocente demais?
A maior dificuldade é que o sujeito do retorno no samáforo poderia responder "se todos fizessem o retorno, naquele contexto, usando o BOM SENSO, não haveria problema...". Aí, além do "outro" na equação, teríamos outra variável incrivelmente complexa: o "bom senso", que em tese, é uma das coisas mais abundantes do mundo! Todos acham que estão até as tampas dele...
ResponderExcluirPor isso não incluí o conceito de "bom senso" na frase, por assumir precisamente que disso o mundo está cheio.
ResponderExcluirÉ melhor ficarmos só pela versão curta, mesmo, não é? "E se todos fizerem igual, como fica?"